Marketing, mesmice e donas de casa.

Assistindo (muitos) grupos de pesquisa com consumidoras de classe baixa percebi uma movimentação no comportamento dessas mulheres: elas estão cada vez mais marketeiras.

É comum encontrar no meio de um grupo de discussão algumas mulheres dizendo: “ah, esse produto deve vir com tudo no mercado, até contrataram o Leonardo pra fazer o comercial”, “eles nao me enganam não, baixam o preço do produto só no lançamento, para a mulherada experimentar, depois aumenta tudo de novo”, entre outras declarações a la Philip Kotler.Porque será que isso está acontecendo?

Será porque o assunto “marketing” está cada vez mais popular e banalizado, presente em qualquer coluna de jornalizinho de bairro, nos programas da tarde ou nos comentários dos radialistas, fazendo com que seja um assunto do cotiano desse público?Será porque as empresas estão ridiculamente sem criatividade, utilizando sempre as mesmas táticas para lançar e promover produtos, fazendo com que as consumidoras já se acostumem com todas as técnicas disponíveis?

Será que marketing é algo tão senso-comum que as donas de casa de classe baixa aprendem só de ler os tablóides e conversar com as amigas sobre os últimos lançamentos na gôndola de sabonetes?Acho que essa situação é um fato pequeno e isolado sim. Mas, com certeza, junto com outras manifestações, faz parte de uma tendência que merece ser olhada de perto.

Bom … o fato é que os consumidores estão cada vez mais marketeiros e isso faz com que a ousadia e criatividade das marcas seja cada vez mais necessitada para encantar esse público.

Será que eles têm algo a dizer?

Quando fiz esse blog logo percebi que o lance de “Será?” cabe muito bem para textos sobre lendas urbanas e teorias de conspiração. Tanto cai bem que já no início desse projeto (antes do terceiro post) já me deu vontade de escrever algo numa linha “acredite se quiser”.

Bom, vamos direto ao ponto.O fato é que estava vendo em um outro blog um post supondo que os repositores de livraria querem enviar algum tipo de mensagem subliminar para nós, que visitamos tais lojas, ao colocar alguns livros um ao lado do outro. Por exemplo: na seção de turismo, o repositor coloca o livro sobre Praia Brasileiras, outro sobre o Carnaval e um terceiro sobre Viagens ao Oriente Médio, um ao lado do outro, sugestionando um possível ataque terrorista durante o carnaval de Salvador.

Isso ficou na minha cabeça … e ao entrar na página inicial do Uol, numa manhã qualquer, me deu click parecido. Será que o estagiário que organiza a pagina do portal escolhe a dedo algumas noticiais (dentre as milhares disponíveis todos os dias) para que sejam dispostas juntas, no mesmo template, a fim de transmitir alguma mensagem para os internautas?Será que isso acontece em outro portais de grande visitação na internet ou lugares com alta circulação de pessoas, como algumas lojas e grandes livrarias?

Não sei. Mas no mínimo é interessante (e engraçado) de se imaginar.

O video-game e a geração de conteúdo.

Um dia desses fui comprar Cds de jogos de PS2 com meu irmão. Fui até um centro comercial próximo de casa e entrei em uma loja para escolher os jogos.

Entre as centenas de Cds disponíveis estavam duas reproduções de clássicos do cinema: o jogo do filme Scarface e do Poderoso Chefão. Ambos, sucessos entre a mulecada.

Interessante foi ver os garotos olhando os Cds, falando com entusiasmo sobre a história do jogo e recomendando as produções: “esse Scarface é bom tio, pode comprar”. Parece que para um jogo ter sucesso não basta apenas proporcionar diversão, precisa ter uma boa narrativa, uma boa historia pra contar. Acho que os consumidores buscam isso e talvez é por esse motivo que a indústria dos vídeo-games está investindo em jogos que reproduzem histórias consagradas do cinema. É provável que as produtoras de jogos comecem a investir pesado na criação de novas narrativas que conquistem seus consumidores. Se isso acontecer mesmo e se os vídeo-games se popularizem ainda mais, talvez os jogos passem a ser a mídia lançadora de novas histórias para o mundo, engolindo mídias tradicionais como a Tv e o Cinema, que hoje são vistas como as mídias “criadoras”.

Será? Bom… vamos ver.

Será que vai dar certo?

Um dia desses, vagando pela internet, acabei lendo uma resposta de uma blogueiro para a seguinte pergunta que o fizeram: “porque você têm um blog”?

Entre outras coisas, esse tal blogueiro respodeu: “porque me ajuda a pensar”.

Vou confessar que esse é um dos principais motivadores para eu também começar a blogar. Acho que vai ser bom, pelo menos pra mim.

Até … e espero que gostem!